Espaço Ambiental

O Espaço Ambiental surge a partir da idéia de criar um local para divulgar e debater questões ligadas ao Meio Ambiente. Nele você poderá encontrar calendário com alguns eventos nacionais e locais, entrevistas, divulgação de projetos desenvolvidos por instituições de ensino e discussão de assuntos em voga na mídia. Contamos com a sua participação. Seja você também parte integrante desse projeto em prol do Meio Ambiente!

23 fevereiro, 2006

Mudanças à vista


As novas regras que regem as Áreas de Proteção Ambiental (APPs) facilitam à fiscalização e agradam ambientalistas.
Aprovada ontem pelo Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente), a regulamentação para Áreas de Preservação Permanente (APPs) estabelece parâmetros para fiscalizar e zelar pelas áreas de vegetação que estão sob proteção. Dentre elas estão a vegetação em margens de rios, nascentes, veredas, topos de morros, regiões muito inclinadas, manguezais e dunas.
O crescimento de comunidades de baixa renda tem acarretado uma desordenada ocupação das encostas de morros e diminuído ainda mais as poucas áreas de mata nativa. Para controlar essa situação o Conama considera como interesse social o ordenamento territorial das áreas urbanas e busca regularizar e gerar um crescimento sustentável.
A ministra Marina Silva considera que estamos em uma nova fase da política ambiental. "Saímos da etapa do não pode, para a etapa do como pode fazer". Os ambientalistas também sinalizam de forma positiva.

19 fevereiro, 2006

Tempo seco aumenta o número de queimadas



Um incêndio de grandes proporções ocorreu ontem na base do Mestre Álvaro, próximo à Rodovia do Contorno, na Serra. Os bombeiros combateram as chamas por mais de 18 horas, no acidente que teve início na madrugada de sábado. A provável causa é a vegetação muito seca.

O incidente ocorrido ontem gerou uma nuvem de fumaça que se espalhou pela Grande Vitória. O Corpo de Bombeiros alerta a população sobre o perigo das queimadas neste período de longa estiagem que atinge o estado. O tempo seco está favorecendo o aumento nas ocorrências de incêndio em vegetação. Recomenda-se que todos tenham especial atenção com o lixo, não queimando resíduos em terrenos baldios, já que as chamas podem se espalhar para outros locais.

Apesar de o número de queimadas ter diminuído no Brasil em relação ao mesmo período do ano passado (5.446 em 2005 e 2.818 em 2006), os focos de fogo no Espírito Santo aumentaram consideravelmente. Somente ontem foram registrados pelo Corpo de Bombeiros 30 focos de incêndio na Grande Vitória.

Confira nos links abaixo o comparativo dos focos de queima do mês de fevereiro dos dois últimos anos:
Brasil 02/05
Brasil 02/06

15 fevereiro, 2006

Calor ao extremo

O aquecimento global, provocado pelo efeito estufa, tem atormentado milhares de pessoas pelo mundo.

Dias muito quentes marcam o verão de 2006. Apesar da temperatura média registrada na Grande Vitória ser de 36º, o calor deixa a população com a sensação de estar em uma verdadeira sauna. A umidade relativa do ar gira em torno de 60%. Chuvas não ocorrem.

O calor, que em junho de 2005 matou 129 pessoas no Paquistão, também já matou 370 pessoas na Índia em maio de 2003. No Brasil, por enquanto, apenas 20 frangos morreram no mês de janeiro, em Feira de Santana - Bahia.

A cada ano os meios de comunicação divulgam os estragos causados pelas alterações no clima do planeta. As causas são bem conhecidas: o efeito estufa, o buraco na camada de ozônio, a poluição atmosférica, o aumento na produção de gás carbônico. A principal conseqüência é o aquecimento do clima da Terra.

Uma pesquisa publicada dia 10 deste mês na revista Science mostrou que o Hemisfério Norte registrou as ondas de calor mais freqüentes e fortes dos últimos 1.200 anos. O fato é conseqüência do fenômeno da emissão de gases de efeito estufa. Apesar dos dados serem referentes ao Hemisfério Norte, vê-se que o fenômeno está presente em todo planeta.

11 fevereiro, 2006

O planeta pede socorro


James Lovelock*, renomado cientista ambiental britânico que em 1979 lançou a hipótese de Gaia, e o teólogo e ecologista brasileiro Leonardo Boff afirmam que a Terra corre perigo.


O alerta já foi dado: a Terra está extremamente doente. Lovelock diz que a atual febre do planeta pode transformar-se num coma, pois os indicadores do aquecimento são assustadores. Na medida em que o século avança, as temperaturas subirão oito graus nas zonas temperadas e cinco graus nos trópicos. As zonas tropicais, agora desertificadas, e as florestas dizimadas perderão sua função reguladora. A Terra entrará na zona de graves distúrbios.
Leonardo Boff aponta a interferência humana de forma excessiva e irresponsável nos ritmos da natureza como causadora desse problema, já que antes a Terra, sozinha, regulava seus climas. Assim, as formas de destruição provocadas pelo homem - como queimadas, uso de poluentes, devastação da mata nativa - são extremante prejudiciais à saúde do planeta. Basta observar o exemplo da Amazônia.

A teoria darwiniana tem sua parcela de culpa nesse descuido, já que ela restringe-se a evolução somente aos organismos vivos, não incluindo a Terra nesse grupo. Boff afirma que se Darwin tivesse percebido que a evolução é de toda a superfície terrestre, teria sido outro o destino da ciência e de nossa consciência sobre a Terra. “Cuidaríamos dela como algo vivo”. Para Boff, não somos apenas a doença da Terra; somos também seu sistema nervoso central e devemos amá-la e protegê-la.

*James Lovelock, autor da hipótese de Gaia – segundo a qual a Terra comporta-se como um organismo vivo - lança este mês, no Reino Unido, seu novo livro "A Vingança de Gaia”.

05 fevereiro, 2006

A lenda do Mestre Álvaro


"Serra e Cariacica são cúmplices numa história de amor. As duas cidades, segundo conta uma lenda, estão ligadas para sempre pela força de um sentimento que une até hoje o índio Guaraci e a índia Jaciara.
Pertencentes a duas tribos inimigas - Temiminós e Botocudos - o jovem casal foi impedido de viver a sua história de amor. Comovido com a paixão dos dois índios, o Deus Tupã transformou-os em duas montanhas. O índio ficou sendo o Mestre Álvaro, na Serra e a índia, o monte Moxuara, em Cariacica.
Até hoje eles estão frente a frente, contemplando um ao outro e assim ficarão por toda a eternidade. Segundo o historiador Clério Borges, um pássaro de fogo sempre é visto nas noites de São João, indo do Mestre Álvaro ao Moxuara, abençoando o amor de Guaraci e Jaciara. Prova de que homens e histórias passam, mas corações não morrem jamais".

03 fevereiro, 2006

Um ângulo diferente


Para quem está acostumado a ver a Grande Vitória sempre da mesma perspectiva, uma ótima opção é conhecer e se deliciar com a vista do Mestre Álvaro.

Caminhar aproximadamente quatro horas para finalmente chegar a 833 metros de altitude. Esse é o ponto mais alto do maciço granítico considerado uma das maiores elevações litorâneas da costa brasileira.

O esforço físico é recompensado pela bela paisagem e pelas nascentes e cachoeiras que ajudam a relaxar. Do ponto mais alto do monte pode-se observar a região da Grande Vitória. Serra, Vitória, Vila Velha e até Aracruz tornam-se muito pequenas diante da imponência do marco que, devido à sua altura e posição, tem auxiliado navegadores desde o século XVI.

O Mestre Álvaro possui um rico ecossistema. Áreas de Mata Atlântica de altitude além de animais em extinção podem ser observados durante os quase 80 Km do percurso.

Infelizmente, nem tudo é perfeito nessa paisagem. O descuido humano prejudica a conservação do local. Lixo, corte de árvores e “inocentes” acampamentos também são companheiros nessa aventura.
O especialista em Educação Ambiental e Turismo de Aventura, Moysés Dantas ressalta a importância do condutor ou monitor ambiental e afirma ser proibido acampar nessa área. Segundo ele, que é coordenador de trabalhos de campo do projeto Andarilhos Ecológicos do ES, nunca se deve subir o Mestre Álvaro sozinho, ou em número menor que seis. É preciso ter cuidado, já que nesta época há grande circulação de ofídios e aracnídeos. Usar roupas leves e levar lanche, água, aparelho de comunicação, além de avisar amigos e familiares sobre o local onde fará a caminhada também são dicas importantes.

Visite o Mestre Álvaro e ajude a preservar a natureza. O meio ambiente agradece.

01 fevereiro, 2006

Calendário - Fevereiro

4 e 5 - Visita monitorada ao Mestre Álvaro. Há a possibilidade de recolhimento de lixo.
O Projeto Andarilhos Ecológicos do ES está selecionando voluntários do município de Serra para atuarem como monitores em palestras e monitoramento ambiental. Contato 9922-3116 (Moysés Dantas)

17 - Último dia de inscrição para o V Congresso Ibero-Americano de Educação Ambiental. O encontro acontecerá em Joinville (SC) entre os dias 5 e 8 de abril.