Espaço Ambiental

O Espaço Ambiental surge a partir da idéia de criar um local para divulgar e debater questões ligadas ao Meio Ambiente. Nele você poderá encontrar calendário com alguns eventos nacionais e locais, entrevistas, divulgação de projetos desenvolvidos por instituições de ensino e discussão de assuntos em voga na mídia. Contamos com a sua participação. Seja você também parte integrante desse projeto em prol do Meio Ambiente!

30 novembro, 2005

Calendário - Dezembro

1 – IV Seminário Nacional de Segurança, Meio Ambiente e Saúde no Brasil: Responsabilidade Social Ambiental Público-Privada. Em Brasília.

5 a 8 – Águas Urbanas: I Seminário Nacional sobre Regeneração Ambiental de cidades. No Rio de Janeiro.

10 a 13 – II Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA). Em Brasília.

Vale a pena conhecer um pouco mais sobre esses eventos e conferir os resultados. Precisamos nos envolver mais com o meio ambiente e cobrar mudanças.

29 novembro, 2005

Meio ambiente na telona

Ecologia é pano de fundo de animação da 12ª mostra do Vitória Cine Vídeo

“Peixe frito”, animação goiana do diretor Ricardo George de Podestá, utiliza o humor para trabalhar diferenças entre o velho e o novo e toca, de forma sutil, na questão da consciência ecológica.

No curta, de 19 minutos, um avô ensina seu neto a pescar e, a partir daí, peixes, anzóis e ecologia se misturam e formam uma história com duas visões sobre a mesma pescaria.

“Peixe frito” participou ontem à noite da mostra competitiva e foi muito bem recebido pelo público. Também será apresentado no projeto “O cinema vai aos bairros”.

Confira abaixo a programação:
- Terça (29/11) – 20h - Píer da Ilha das Caieiras
- Quarta (30/11) – 20h - Rua das Palmeiras, Itararé
- Quinta (01/12) – 20h - Rua Fernando Duarte Rabelo, Jabour
- Sexta (02/12) – 20h - Caratoíra

24 novembro, 2005

Reciclando e aprendendo


Fonte de renda para diversas famílias, os materiais recicláveis ganham destaque na economia.

Uma cena bastante comum: pessoas recolhendo objetos que podem ser reaproveitados. Garrafas PET, papelão, vidro, latas de alumínio são os mais comuns. Um dos fatores que levam ao aumento dessa atividade são as altas taxas de desemprego. Os catadores sustentam suas famílias com o que retiram das ruas.

Recicláveis é assunto de projetos sociais, base de pesquisas acadêmicas e tema de vários sites especializados, que divulgam desde 'compra e venda' até 'últimas notícias'. Além do trabalho dos catadores, o artesanato também tem ganhado destaque com o reaproveitamento dessses produtos: cintos, porta-retratos, garrafas decoradas, bolsas são verdadeiras obras de arte feitas com papelão, plástico, jornal, lacres de alumínio.

Conheça quais são os materiais que podem ser reciclados, reaproveite o que puder e não disperdice. O meio ambiente agradece.

22 novembro, 2005

Meio ambiente em foco

O livro “A globalização da natureza e a natureza da globalização”, do autor Carlos Walter Porto-Gonçalves será lançado pela editora Civilização Brasileira.

Estudos sobre os impactos ambientais são feitos por todo planeta. Apesar do descaso de alguns governos, ambientalistas e interessados na preservação do meio ambiente lutam para salvar a natureza. Este livro pretende discutir o processo de globalização e as conseqüências sofridas no campo ambiental.

Obras como essa vem confirmar a idéia de que o meio ambiente tem ganhado espaço não só em manchetes de desastres ecológicos, mas também em trabalhos que buscam analisar as causas relativas a essa degradação e as medidas viáveis a serem tomadas para preservar o que ainda existe.

Páginas: 420
Preço: R$ 50,90

19 novembro, 2005

Seca na Amazônia muda cenário bastante conhecido


As imagens da seca na região que concentra maior quantidade de água doce do planeta assustam. Quem imaginaria ouvir falar em seca na Amazônia?

A situação é alarmante: 61, dos 62 municípios do Amazonas, decretaram emergência. Nessa região, os rios funcionam como estradas, com a seca não há como sair. O socorro aos ribeirinhos é feito com a ajuda de helicópteros. Mais de 2,2 mil comunidades foram cadastradas no programa emergencial do estado. São quase 60 mil famílias em uma situação dramática.

Para enfrentar a sede as famílias têm que andar vários quilômetros até encontrar rios capazes de fornecer água potável. Sem peixes, as famílias estão com fome. O nível muito baixo dos rios, somado às altas temperaturas acaba cozinhando os peixes. Quando não morrem escaldados, agonizam em poças de lama.
O Globo Repórter exibiu ontem uma matéria sobre a seca na Amazônia. O repórter Zé Raimundo confessou: “preferia não ter visto tamanha calamidade. Encontrei uma Amazônia irreconhecivelmente triste”.

O poeta Thiago de Mello, o principal escritor do Amazonas e uma das muitas vozes que defendem a floresta, finaliza: "A Terra está com febre e essa seca de calamidade é vingança de Jurupari, o Deus que protege a natureza. E esse Deus estaria se vingando dos madeireiros, dos criadores de boi, dos plantadores de soja, dos incêndios criminosos, do desmatamento".

Outros dados:
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A Amazônia já perdeu 17% da sua cobertura florestal. São 7 mil Km² de degradação.
- Só o rio Amazonas, em condições normais, tem capacidade para oferecer 1 litro de água a cada 30 segundos para cada habitante do planeta.
- A Amazônia é reconhecida como a maior floresta tropical existente, o equivalente a 1/3 das reservas de florestas tropicais úmidas e o maior banco genético do planeta. Contém 1/5 da disponibilidade mundial de água doce e um patrimônio mineral não mensurado.
- A área que surgiu com as vazantes na Amazônia chega a 6 milhões de hectares, o equivalente a 60 mil quilômetros quadrados.
- Alguns rios estão com 80% a menos de água que o normal.

17 novembro, 2005

Profissão: jornalista


A jornalista Fernanda Couzemenco apaixonou-se pelo meio ambiente. Formou-se em 1999, na Ufes, e teve sua primeira matéria ambiental publicada na Revista Trilhas, de janeiro de 1998. Para fazer esse trabalho, entrou pela primeira vez em uma floresta e, segundo ela, foi “paixão à primeira vista e definitiva”.

Fernanda já trabalhou nas revistas Trilhas e Século, no Projeto TAMAR, no IPEMA e, agora, em A Gazeta, produz e apresenta o quadro Movimento Sustentável. Finalista duas vezes no concurso Prêmio de Reportagem sobre a Biodiversidade da Mata Atlântica, em 2003, ficou em primeiro lugar com reportagem publicada na Revista Século. Em 2005, recebeu menção honrosa com matéria veiculada no quadro Movimento Sustentável.

“Fico muito feliz que hoje, no Estado, o jornalismo ambiental tenha ganhado espaço. As novas gerações estão muito antenadas, há muitos novos programas abordando sustentabilidade e meio ambiente. Acho que o caminho é esse. Nós, jornalistas ambientais, temos um sonho (ou utopia): que um dia, não seja mais necessário usar o adjetivo ‘ambiental’, pois todos os jornalistas abordarão todas as pautas, naturalmente, sob o viés ambiental.”

16 novembro, 2005

Jornalismo Ambiental ganha espaço

Furacões, enchentes, efeito estufa, transgênicos e outras alterações observadas nos últimos tempos têm dado destaque para a área ambiental na mídia.

A cobertura do meio ambiente feita pela imprensa tem aumentado de forma significativa, em função da inclusão da Ecologia como pauta diária nos veículos de informação. Contudo, denúncias ainda são restritas na grande mídia, principalmente devido à ligação dela com empresas poluidoras.

No Espírito Santo pouco ainda se ouve falar sobre jornalismo ambiental. Na Ufes, não há nenhuma disciplina sobre o tema e a discussão, quando há, gira em torno da apatia da imprensa diante da degradação ambiental promovida por algumas empresas instaladas no estado. Porém, no Brasil e no mundo o jornalismo ambiental está em alta.

O Rio Grande do Sul é considerado o estado pioneiro do ambientalismo brasileiro. Lá surgiram o primeiro núcleo de ecojornalismo e o primeiro curso de pós-graduação na área. Hoje o curso da UFRGS é referência para toda a América Latina.

No I Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental – realizado no SESC de Santos, de 12 a 14 de outubro – a inclusão desse estudo no curso de Comunicação foi tema central. Segundo André Trigueiro - professor de jornalismo da PUC-Rio, apresentador da Globo News e pesquisador da área ambiental - sem essa disciplina o curso é incompleto. Entretanto, na opinião do professor, o objetivo de estudar jornalismo ambiental no curso de comunicação social não é criar mais uma especialidade, já que "ninguém consegue se especializar em meio ambiente, tal a vastidão da área que tem interconexões com inúmeras outras disciplinas", mas de leva o aluno a adquirir uma visão de conjunto dos problemas sociais passando a pensar sistemicamente não apenas o meio ambiente em si, mas qualquer outra cobertura na área econômica, esportiva, cultural, política.

Iniciativas particulares também são observadas. Em 1998 foi criada a Rede Brasileira de Jornalistas Ambientais (RBJA), com o objetivo de discutir o assunto e integrar os jornalistas que cobrem meio ambiente nas diferentes regiões do país. Na Web existem outros sites e ONG’s que tratam do mesmo tema, como o Greenpeace, a WWF e a SOS Mata Atlântica.

14 novembro, 2005

Eucalipto: mocinho ou bandido? Destruidor do solo ou salvador da economia?

Defendida por uns, odiada por outros, a espécie Eucalyptus gera polêmica pelo país. E as teses que defendem o seu plantio apresentam argumentos, no mínimo, estranhos, já que analisam a produção apenas sob a ótica capitalista.

O professor Walter de Paula Lima, ao defender essa espécie no artigo “O eucalipto seca o solo?”, afirmou que esse plantio não gera um deserto verde. Mas por que, então, o solo seca? Segundo o professor, em uma macro escala essa conseqüência seria atribuída às mudanças climáticas. Já em uma micro escala, onde ocorrem as ações de manejo, o culpado da seca seria o homem – que planta, colhe, destrói, desmata, preserva, compacta o solo, abre estradas, soterra nascentes, faz monoculturas extensas, planta até na beira do riacho.

Dessa forma, o eucalipto seria apenas o bode expiatório desse processo. Críticas à parte, o autor dessa obra-prima culpa o vilão do momento – o efeito estufa – e o homem - mas não de maneira genérica; o autor desse texto condena o agricultor, que sem um real incentivo do governo acaba caindo em programas como o fomento florestal – e esquece de falar das empresas que financiam esse tipo de programa.

Outra pérola literária é o artigo “O eucalipto não é vilão”, do professor peruano Marc Dourojeami. Segundo ele, os ambientalistas que criticam esse plantio sofrem de um persistente trauma mental. Ele também chama a atenção ao fato de que alguns ambientalistas se preocupem tanto com o eucalipto e não com os impactos de tantas outras plantas exóticas cultivadas, como o café, a cana-de-açúcar e também a soja, que ocupam espaços muitas vezes maiores que o eucalipto. (Mas é claro, Dourojeami não se alimenta, vive de eucalipto!) O professor afirma que a espécie é muito resistente a pragas e enfermidades, de rápido crescimento e altamente produtiva. (Produtiva e lucrativa pra quem?)

Como o professor Walter de Paula Lima, Dourojeami também acredita que o maior espaçamento entre árvores é um fator que contribui para facilitar a conservação da biodiversidade. (Alguém, por favor, pode me mostrar a biodiversidade apresentada na foto?)

Marc Dourojeami finaliza: “Ainda assim, o eucalipto é uma árvore bendita e, nem os ambientalistas se atrevem a falar mal dela em voz alta, embora, em surdina, reclamam que, no lugar do eucalipto, deveria se promover o plantio de espécies nativas (Polylepis e Buddleia) e isso realmente está sendo feito. Só que, o eucalipto se desenvolve de três a cinco vezes mais rápido e oferece toras retas ao invés de madeira retorta.” (Dois pontos pra refletir: ‘árvore bendita’ e ‘ao invés de madeira retorta’.)

13 novembro, 2005

Faixa de preservação


O Corredor Ecológico é uma medida de ação efetiva que está sendo promovida em prol da conservação do que ainda há da Mata Atlântica.

No Espírito Santo resta apenas 8% de mata nativa. As queimadas são constantes e o desmatamento aumenta a cada dia. O avanço da destruição do que ainda resta da Mata Atlântica é uma grande preocupação.

Desses 8%, hoje, o que se observa são “ilhas” onde ainda existem resquícios de floresta nativa. Existe em andamento um projeto que visa ligar essas “ilhas”, formando assim um corredor ecológico. A parceria é entre o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a população local. Os municípios do sul vão iniciar o projeto aqui no estado. Serão plantadas mudas, doadas pelo MMA, numa ação de reflorestamento entre as ilhas. A intenção é ampliar a faixa de preservação e aumentar a área para os animais que vivem nessas locais. As terras a serem reflorestadas são, em sua maioria, particulares, mas existe o apoio dos proprietários.

11 novembro, 2005

Herança maldita

Parece até nome de filme, mas seria uma boa definição para costumes que trazemos arraigados em nosso cotidiano que são vistos desde a colonização do Brasil.

É de conhecimento de todos que no território brasileiro existiam diversas tribos indígenas que habitavam esse longo território. Viviam de forma harmônica com o ambiente até que “os descobridores dessa terra” perceberam que a exploração dos recursos daqui seria muito mais lucrativa do que apenas apreciar tantas belezas naturais. Fábula ou resumo do início do processo de devastação da fauna e flora brasileira?

Talvez eu esteja errada, mas a realidade está diante dos olhos de quem quiser enxergá-la. Existem poucas áreas de mata nativa, há a luta pela criação de mais reservas naturais e preservar o que restou após 505 anos de exploração é uma tarefa difícil – principalmente pela falta de colaboração da sociedade. Afinal, como na época do descobrimento, é muito mais fácil extrair os recursos da terra e não se preocupar com o futuro do que ficar fazendo cálculos para saber quanto tempo ainda teremos petróleo ou água.

Por falar em água, pra que se preocupar? Temos uma grande reserva de água em nosso território e, se nem isso resolver, é só dessalinizar a água do mar. Solução simples, não?! Infelizmente muitos brasileiros pensam assim e acham que campanhas para economizar água são desnecessárias. E realmente serão se não houver uma profunda mudança na educação dos brasileiros. Os recursos naturais são finitos e o mau uso pode levar à extinção de alguns a curto prazo. Como a floresta nativa que existia no litoral do nosso país, outras belezas e recursos naturais também podem acabar.

10 novembro, 2005

Calendário - Novembro

10 – 1º Festival Ecocultural sobre a revitalização do rio São Francisco. Em Brasília.

21 a 25 – Curso “A Floresta em ambientes fluviais”. Será realizado na Embrapa Florestas, em Colombo, Paraná.

25 e 26 - Conferência Estadual do Meio Ambiente. Em Vitória.

09 novembro, 2005

Amianto: solução ou problema?

Apesar dos baixos custos para aquisição desse material e da alta lucratividade para seus produtores, o amianto pode causar sérios danos à saúde.

Amianto (ou asbesto) é o nome genérico dado a um minério encontrado no solo. É muito utilizado na indústria mundial para a fabricação de caixas d’água, telhas, tubulações, papel, papelão, produtos têxteis, tintas, pisos, produtos da indústria automotiva. Possui um alto valor comercial devido a sua resistência a altas temperaturas e a agressões de substâncias químicas. Além disso, é isolante térmico.

Porém, estudos mostram que o amianto pode ser absorvido pelo ar. Basta respirar a poeira de amianto para que suas partículas atinjam os alvéolos pulmonares e se inicie o processo de adoecimento. O amianto acumulado no pulmão causa o enrijecimento dos alvéolos, deixando-os sem a capacidade de realizar a oxigenação do sangue, e, dessa forma, causa a perda da elasticidade pulmonar e da capacidade respiratória. A doença causada pela alta concentração de fibras de amianto nos alvéolos pulmonares é conhecida como Asbestose. Ela é crônica, progressiva e ainda não existe tratamento. Estudos epidemiológicos demonstram o aumento do risco dessa doença em mineradoras da fibra, fabricantes de barcos que utilizam esse material e trabalhadores da indústria de cimento a base de amianto.

O Brasil é um dos maiores exportadores de amianto do mundo. Alega-se que esse minério gera empregos e traz riquezas para o país. Mas até que ponto o lucro vale mais que a saúde humana? Será essa a lógica absurda do capitalismo? Será que devemos ficar calados diante de tudo isso? Manifeste-se. Defenda a vida.

08 novembro, 2005

Vídeo Nosso Mangue


Uma parceria entre o Departamento de Geografia e o de Comunicação Social da Ufes produziu um vídeo educativo sobre o ecossistema manguezal. O material audiovisual é fruto da segunda fase do projeto de extensão “Educação Ambiental e Ecoturismo nos manguezais do Piraquê Açu-Mirim - Santa Cruz / Aracruz – e do Mangue Seco - Andorinhas / Vitória”.

Segundo uma das coordenadoras do projeto, a professora do Departamento de Geografia Antonia Fratollillo, a importância desse trabalho é levar aos estudantes um maior conhecimento sobre os manguezais e mostrar as diferenças entre um ecossistema ainda preservado, como o de Santa Cruz, e um já degradado, como o de Mangue Seco. Além disso, o vídeo auxilia os professores ao tratar desse assunto com imagens e sons.

O projeto visa à divulgação do material em escolas da Grande Vitória. O vídeo foi hoje apresentado a professores, na Secretaria Municipal de Educação de Vitória.